Wednesday, August 23, 2006

Resenha da Ópera Mozart e Salieri

Como a grande (nem a pequena) imprensa não te(ê)m o costume de destacar óperas com textos, resenhas, críticas (ou qualquer outra definição); vou abrir espaço para esse tipo de arte aqui.

Domingo fui ao teatro ver "Mozart e Salieri". A ópera em questão é dividida em dois atos e foi composta pelo russo Nicolai Rimski-Korsakov (1844-1908). Ela conta a história da morte de Mozart por envenenamento. Seu assassino, Salieri, era uma bicha invejosa* que não aceitava o brilhantismo de Mozart.


O primeiro ato começa com o pianista Russo Sergey Uryvaev, e seu cavanhaque singular, tocando de maneira misteriosa, provocando na platéia uma reação também misteriosa. Em seguida, a mesma platéia se dar conta de que não entenderá nada naquela noite. Entra no palco o barítono Sergei Dreit, que interpreta Salieri. Logo depois surge uma pessoa estranha ao ambiente com uma peruca branca em mãos. Era a peruca, de época, do barítono. Especulou-se que a pessoa fosse o empregado de um salão de beleza próximo ao teatro. A peruca teria atrasado sua escova devido a uma grande circulação de clientes nesse dia no referido salão.

Começa a ópera com Salieri cantando em sua casa. O cenário da casa de Salieri era simples: duas cadeiras, papéis espalhados pelo chão e um pianista de cavanhaque singular tocando na cozinha. Talvez isso explique a precariedade da iluminação do espetáculo. Salieri observa suas anotações com desprezo até Mozart, que é interpretado por Leonid Zakhozhaev, chegar. Com isso, o piano de Sergey, antes misterioso, inicia um som de exaltação, causando na platéia uma sensação de que aquele senhor que acabara de chegar era diferente, afinal, seu nome não começava com "Sergei". Mozart, ao que parece, traz umas anotações, para mostrar a Salieri, que ao ver a genialidade das composições, tenta decorá-las antes que Mozart as registre ou, em último caso, jogar na rede para terceiros baixarem. Como não consegue, propõe um barzinho mais tarde. Mozart aceita, mas não sem antes avisar sua mulher, afinal, ele sairia com Salieri.

Começa o segundo ato com os dois num barzinho que não tocava pagode, pelo contrário, estava lá o mesmo pianista da casa de Salieri, que ao que parece também iria tocar após a ópera n’outro bar da fria Marituba. Mozart chega inquieto e Salieri, já com o veneno devidamente escondido, indaga o que afligia Mozart. O mesmo explica que acabara de escrever um réquiem encomendado por um ser estranho de roupas pretas. Enquanto Mozart refletia sua própria fala olhando uma velha (assim como 97% do público) na platéia, Salieri colocava o veneno no copo de champagne de Mozart (em tempo, não deu para ver a marca, pois estava no último andar do teatro). Após o ato, Salieri interrompe a reflexão de Mozart (e a excitação da velhinha) para propor um brinde. O piano de Sergey Uryvaev delata a situação, mas Mozart não percebe. Em seguida Mozart fala mais algumas bobagens típicas de bêbado e, após sentir-se mal, vai embora. Salieri analisa o que acontecera com um tom de arrependimento, mas logo em seguida vai correndo contar o babado para os seus amigos. Fim.

*a expressão tem o patrocínio do saudoso forum69.

Monday, August 14, 2006

Poesia Científica

Solicitado pelo corpo docente
Na elaboração de um projeto decente
Questionado do assunto em questão
Preferi a inexatidão:

Cientificamente, sabotei a ciência
Solidifiquei o amor em experiência
Coletei uma estrela formosa
Cruzei o cravo e a rosa

Psicologicamente, Freud pousou no meu ego
Ele disse: “Se cair, eu pego!”
Falou. Falou. Falou até cuasparede
Elas respoderam: “Ok Freud, hora da rede”

Fora isso, tenho projetos pendentes:
Dirigir um sonho com atores decadentes
Nave espacial, mocinho e uma bela atriz
“Capitão, qual o botão para ser feliz?”

Wednesday, August 09, 2006

Blog Tablóide

As celebridades nordestinas estão com tudo! E agora voltando para passar as férias no Brasil. O primeiro que desembarcou em terras tropicais foi Nick Cave, o Calanguinho do Nordeste, após dispensar People Jonh Harvey, amigos próximos afirmam que a iniciativa em dar um fim na relação foi dele, anda pra lá e pra cá pelas praias nordestinas. No último fim de semana foi visto num restaurante cantando Lapada na Rachada ao lado de uma cantora baiana que promente bombar no próximo carnaval.

A Paraibana PJ Harvey, mulé macho sim sinhô, em breve chegará em Jonh People, onde tentará enxugar suas lágrimas e superar esse caso, até porque a fila tem que andar; não é mesmo, minha gente?


A pernambucana Régine Chassagne, torcedora declarada, ilustre, do Náutico, com o fim da turnê de sua bem-sucedida banda Arcade Fire, volta para Recife afim de resolver problemas familiares, a moça é filha não-declarada do Rei do Baião, Luiz Gonzaga e finalmente concluirá a papelada com a viúva do Cantor, após anos. Luiz Gonzaga morreu desconhecendo a existência da filha. O primeiro CD do Árcade Fire já encontra-se nas lojas e chama-se Funeral. Na foto Régine mostra talento na sanfona, tal qual seu pai.

A cearense Audrey Tautou, que apareceu no cenário mundial interpretando a meiga Amélie Poulain, deve aproveitar a viagem para esquecer um pouco do seu não tão bem aceito último filme, O Código Da Vinci. Sua cidade natal, Canindé, a receberá de braços abertos e seu pai já comprou a rapadura para raspar, a mocinha adora!

Tuesday, August 08, 2006

Blog Miguxo

Semana que vem começa o inglês, é, eu não sei falar. Isso é o que dá investir só em espanhol e perder oportunidades de penetrar no mercado de trabalho. Só o que me resta agora é lamentar a incapacidade espanhola em tornar-se império por deixar os ingleses passarem a perna nos séculos XVI, XVII e...XX. Pelo menos eu posso xingar um argentino com extrema destreza.

Falando nisso, semana que vem eu volto pra federal, parece que as aulas já começaram, parece que é o último semestre do meu curso, parece que na formatura eu vou receber algum prêmio como aluno mais destacado. Não, eu não obtive as melhores notas, até porque os professores não entregam nossas notas; Não, eu não fiz nenhum trabalho genial, até porque eles não avaliam trabalhos; Não, eu não tive nenhuma relação com a coordenadora do curso, até porque ela nunca foi em nossa sala. Na verdade, eu menti, essa história de prêmio foi só uma desculpa pra falar mal da Federal. E quem acreditou? Putz...

Falando em Argentina, eu sempre, quando tenho insônia, começo a planejar e decidir 1000 e uma teorias de como vou criar meu filho, qual o melhor modo? qual teoria eu sigo? e se meu filho for chato? pedante? aí eu lembro que uma grande quantidade de Argentinos são psicólogos...diante disso, fico mais calmo e pego no sono rapidamente.

Por fim, devo dizer que o X Churrasco em Campos do Jordão foi lecal, pena que a old school [expressão mudérna pra velha guarda, eu aprendi no orkut] não compareceu. Nada de especial, tivemos o de sempre: Maioria com cromossomos XY, muita macarronada, formas de interação em 64 bits e uma trilha sonora eclética, de Ninjas do Arrocha a Wander Wildner.

Outro post deste, só no próximo outono por aqui...