teste
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Como aquelas cenas em filmes que aparentemente soam como desabafo, uma verdade, algo do coração, sempre funcionam, sempre nos emocionam. E, de certa forma, é esse o caminho para que as coisas funcionem. Sabemos, mas não fazemos.
Sempre subestimei o Círio, mas este ano [2007] decidi sair pelas ruas, de carro, no sábado... e no domingo.
Labels: círio nazaré belém
Parece que o modelo hollywoodiano de fazer cinema é similar ao das outras indústrias, como a de computadores. Ao comprar um pc, a Dell, por exemplo, nos permite escolher quais peças de quais fabricantes queremos, assim como suas características, ou seja, configurá-los. Tais peças não são fabricadas pela Dell, mas sim por outras empresas terceirizadas, seja na China, Índia ou Brasil. Nada contra o cinema de tal localidade terceirizar, por exemplo, os efeitos especiais. Talvez seja, inclusive, mais inteligente no sentido de diminuir gastos e ter um melhor resultado. Eu admiro muito isso nos americanos. O problema é que cada vez mais, e isso não é tão atual, os filmes estão parecendo computadores da Dell, montados, sem alma. E o que me incomoda é que me disseram que cinema é arte...e eu acreditei.
Hoje, um filme americano digno consegue, no máximo, ganhar elogios de bonitinho, agradável e a origem de tal filme deve ser de um projeto [e aposto que tal projeto foi desenhado num software para gerenciamento de projetos com organogramas, fluxogramas e diagrama de atividades], onde a produtora ouviu/leu/conheceu uma história legal [HQ’s, séries antigas], contratou um roteirista que vem fazendo um bom trabalho, chamou o diretor do momento e escalou os atores capas de revistas. Há casos também em que o filme faz sucesso por ser exagerado, violento ou engraçado, mesmo que involuntariamente [maior parte das vezes].
Tá, mas ficar criticando filme americano é tão brasileiro-esquerdista-que-põe-a-culpa-de-seus-problemas-
nos-outros-e-não-sabe-fazer-uma-auto-crítica. Que horror!!!. Na verdade o motivo do conteúdo dos dois parágrafos acima é só para servir de base para o meu entendimento do que é fazer cinema e como isto causa fascinação em mim.
Ah, então cinema pra ti é não seguir o modelo hollywoodiano de fazer filme? Não, até porque um filme pode seguir tal modelo e ser interessante, é mais difícil, mas é possível. Ah, então cinema pra ti é aquele filme de conteúdo, que passa uma mensagem ao público? Também não, até porque o filme pode ter textos do Nietzsche ou outro filósofo qualquer, no lo sé, e ser péssimo. Não garante nada. É vazio. Não, não é isso.
[tag: dercy gonçalves nua] Então desembucha logo! [\\tag: dercy gonçalves nua ]
Ok, ok. Fazer cinema é, simplesmente, contar uma história e que a mesma seja bem contada (não precisa ser boa, mas se for, melhor ainda) – é como aquele cara da nossa infância ou nossa avó que, eventualmente, nunca foi à escola, mas sabia contar uma história de tal forma que não conseguíamos nos desconcentrar... eles usavam todas as ferramentas possíveis para contá-la de modo a nos envolver [vários tons de voz, expressões faciais adequadas ao momento da história, levava-nos prum lugar meio escuro para fazer um clima]. Às vezes, tais histórias nem eram tão boas assim, mas não importava, queríamos ouvi-los à noite toda.
Fazer cinema é isso. É uma história bem contada. A iluminação perfeita numa determinada cena [quando o contador de história nos leva praquele lugar mezzo escuro pra criar um clima], o plano correto, o som adequado à seqüência, atores envolvidos com a história, enfim. Se o cineasta acertar tudo isso, ele faz um belo filme. Fellini, Bergman, Hitchcock e Antonioni estão aí pra isso. O Fellini filmou histórias que, se fossemos ler antes de filmadas, chamaríamos de bobas, mas o modo como ele contou acabou tornando-a um clássico e que simplesmente e misteriosamente nos agradou, simples.
Sabe-se que a partir de certa época do século XX ocorreu um dos maiores movimentos no mercado de trabalho que, misteriosamente, não foi discutido no meio acadêmico: A substituição dos barbeiros por gays. Tal movimento ocorria aos poucos desde séculos passados, mas que teve maior força no século XX. Tal fato só tem similaridade na industrialização, quando o homem foi substituído por máquinas, o chamado - segundo aquele professor do ginásio - desemprego estrutural. No caso da substituição das barbearias por salões de beleza, podemos chamar de desemprego hormonal. Hoje ainda deve existir em seu bairro células de resistência dos saudosos barbeiros, que atendem a uma demanda que busca o tradicionalismo e sem frescura. Não há bibliografia sobre o assunto, até porque o lobby gay é muito forte em vários setores estratégicos. O que se pode dizer é que os barbeiros nunca deixarão de existir.
Ingleses:
"(...)porque eu acho que eles preferem cortar as unhas do pé a fazer sexo"
Pornochanchada:
“(...)imagina o lima duarte com os olhos esbugalhados perguntado pra a esposa e as filhas:’eu quero saber quem foi que desenhou CARALHOS DE ASAS na parede do banheiro!’
Thomas Mann:
Nat: "a mãe de thomas mann era brasileira? pensei q o gen dessa terra destruísse qualquer tentativa de genialidade"
Eu: "ah, anormal seria se ele fosse filho de um burguês brasileiro com uma alemã"
Nat: "ele estaria escrevendo bostas concretistas e compondo bosta nova"
Indies:
Ele sai de casa e um carro molha ele com uma poça. Não tava chovendo, mas um cano estourou e quando ele pensou em pular o cano a
Ele olha pros lados e ela não está. Ele sai cabisbaixo pra voltar pra casa. Ele levou água, ele foi deixado pela menina. De novo o céu sabe o quanto é miserável. Vai até a parada de ônibus cabisbaixo, com seu livro no sovaco. Chega lá e vê uma menina. Uma menina lindinha. Ela está lendo um livro. Ele se esforça, aperta os olhos sobre os óculos de aro preto. Ela está lendo Candido de Voltaire. Potencial!, ele pensa. Ela esta de melissinha, presilha no cabelo. Ele olha sem tirar os olhos, senta a uma certa distância e continua olhando, pensando, imaginando tudo o que poderia dizer. Os lugares q poderiam ir, a coletânea q ele gravaria para ela numa fitinha, tirada direto da coleção de vinis. Ele tenta falar com ela e pensa que não vai conseguir nunca. Ele é um idiota desengonçado, não tem como chegar naquela espécie de aparição, uma deusa linda e inteligente e...ela vira pra ele . Percebe a insistência do olhar (ja fazia 25min contados no relógio, em que ele perdeu o ônibus que pega 2vzs). Dá um largo sorriso ele não consegue corresponder. Baixa a cabeça super vermelho. Quando levanta a cabeça ela esta de pé. Ele engole seco quando levanta os olhos...ela sobe no ônibus dela e desaparece. E ele perdeu o amor da vida dele, do qual ele se esquecerá em 5min.
Ele se achando um lixo, um grande lixo, entra no ônibus lotado. Começa a olhar pela janela, vê as pessoas e pensa que o céu sabe o quanto ele é miserável. Chega uma garota senta em sua frente. Bonita ela. Ele pensa que se a olhar fixamente ela vai olhar pra trás e dessa vez ele vai falar algo. Ele não suporta mais isso. Ele vai falar. ele....senta do lado dela um cara que é o dobro dele, de cabelo grande e camiseta do iron. E eles vão se beijando a viagem toda. 45 min do centro até a casa dele com um casal se beijando na cara dele e ele tendo que enfiar a cara azeda de indie frustrado no on the road do kerouac.
FIM
Capote:
Nietzsche:
"Nietzsche foi o primeiro loser do mundo"